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A Senhora Dança? A Mandy pelas danças da vida.

Um blog para todas as mulheres depois dos “entas” . Mulheres que, na plenitude das suas vidas, desejam celebrar a liberdade de assumirem a sua idade, as suas rugas, os seus cabelos brancos e que querem ser felizes

A Senhora Dança? A Mandy pelas danças da vida.

Cabelo branco sem vergonha

Finalmente os cabelos brancos encontraram o seu lugar ao sol.

Prerrogativa outrora de algumas avós mais seguras de si,  fazem hoje em dia a cabeça de mulheres logo aos 40 anos. A resistência ainda existe e é grande. Na linha de frente dos contra, estão aqueles que acham que os cabelos brancos envelhecem e dão  uma ideia  de desleixo. Mas há quem reconheça — e essa corrente tem crescido! — que as mulheres de cabeleira prateada denotam um tipo de mulher charmosa, dona de um estilo pessoal e que sabe assumir a passagem do tempo, sem grandes angústias, nem dramas.

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A actriz Jamie Lee Curtis famosa pela sua voz grave, pelas pernas perfeitas e pelo trabalho filantrópico com hospitais infantis, além dos vários filmes nos quais participou, tem hoje em dia  a sua imagem de marca no seu cabelo branco espetadinho.

Visite seu blog no Huffington Post:: http://www.huffingtonpost.com/jamie-lee-curtis/

 

Numa   entrevista, a antropóloga Miriam Goldengerg, autora da pesquisa “Corpo, envelhecimento e felicidade”, diz que as madeixas brancas representam hoje em dia o mesmo que representou, nos anos 1970, a mulher que se apresentou de biquíni, exibindo a sua barriguinha  de oito meses, nas areias cariocas.

"As mulheres que adoptam o visual grisalho aos 40, 50, 60 anos fazem uma pequena revolução simbólica. Assim, como exibir a barriga passou a ser lindo após a aparição daquela mulher, também agora as mulheres dizem  não queirer continuar a pintar os cabelos, só por obrigação. As mulheres não estão apenas a assumir os seus cabelos brancos, estão a  mostrar,  também, uma forma alternativa, singular e bonita de envelhecer”, afirmou Mirian.

A personagem de Meryl Streep no filme “O diabo veste Prada” ou Christine Lagarde, directora do FMI, viraram fonte de inspiração. Mulheres fortes, bonitas e poderosas, elas representam bem essa onda que celebra um novo padrão de beleza, que vai além da juventude.

Se  quer aderir a esse gesto de libertação, veja como fazer a passagem sem perder o encanto. Os especialistas afirmam que  o ideal é  clarear o cabelo aos poucos. Ir pintando, em pouca quantidade, num tom abaixo da cor natural dos cabelos, para que o grisalho apareça de forma natural e não destoe tanto do restante.  Pode também substituir-se  a tintura permanente por tonalizantes, que não cobrem o branco por completo.  e tornam a transição mais discreta. Para as que têm os cabelos virgens, tudo é muito mais fácil: basta um pouco de paciência e esperar que os brancos predominem.

Além da transição, o que pesa nesse momento, e faz toda a diferença, é o corte, já que os cabelos brancos chamam mais a atenção e estão associados a mulheres maduras, um corte bem feito e mais arrojado desmente o preconceito. Corte em degradé  com  um comprimento médio,  ou bem curtinho com o cabelo espetado. O importante é criar esse contraponto, que dê aos brancos um ar moderno.

Depois da cor ficar uniforme e os brancos predominarem, vem a arte de escolher novos tipos de shampoos—  os ‘silver’ e os “grey”ajudam a eliminar o tom amarelado que por ventura possa  aparecer, mas podem ressecar o cabelo e, portanto, só devem ser usados uma vez por semana. Não devemos esquecer que, nesta fase da vida em que os brancos aparecem, a textura do cabelo tende a mudar. Tornam-se mais grossos e exigem hidratações frequentes. Nada de mais. Apenas os cuidados básicos que, para quem estava escravizada às tintas, significam uma rotina mais fácil.

 

Fonte : Fifties

 

Mandy Martins-Pereira escreve de acordo com a antiga ortografia.