Não mudei, apenas amadureci
Já tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso. Já me decepcionei com algumas pessoas, mas também já decepcionei alguém.
Já abracei para proteger e ri quando não podia. Já fiz amigos eternos. Já amei e fui amada; mas também já fui rejeitada. Já fui amada e não soube amar.
Já gritei e pulei de alegria. Já vivi de amor e juras eternas, mas também já quebrei muitos juramentos.
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias. Já telefonei só para ouvir aquela voz. Já me apaixonei por um sorriso e já pensei que fosse morrer de saudade…
Já tive muito medo de perder alguém especial (e acabei por perder), mas sobrevivi!
Não deixe a vida passar…
Viva!
“Lute com determinação, abrace a vida e viva com paixão. Perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito importante para ser insignificante”.
Charles Chaplin
Porque, afinal eu não mudei, afinal eu aprendi, afinal eu amadureci. Aprender não é mudar. Amadurecer não é fácil. Cresci com os meus demónios e enfrentei as minhas sombras.
Na verdade, a vida não vem com manual de instruções. Existem manuais para quase tudo, mas não existe manual para amadurecer. Aprendemos a caminhar pela vida no meio de muitas mensagens de como devemos ou não agir, de como devemos ser, ou daquilo que temos de alcançar.
A maturidade emocional não é como a maturidade física, ela não depende da idade cronológica, mas do caminho percorrido.
Infelizmente, apenas uma pequena parte de nós chega a um momento da vida em que pode dizer: “tenho sido um bom caminhante e fiz o meu caminho ao andar”.
Amadurecer significa entender que o amor mais poderoso é o amor próprio.
Por isso, é tão importante compreender que, só amadurecemos, quando aprendemos.
Mandy Martins-Pereira escreve de acordo com a antiga ortografia
Imagem : Web