10 mudanças que os adultos de hoje enfrentarão na velhice
Cada vez mais vemos as pessoas viverem até aos 100 anos e já é um facto que a geração de hoje terá muitos centenários. Mas a velhice que iremos viver não será a mesma que vemos hoje, e como será muito mais longa, precisamos de preparar-nos para os novos hábitos e desafios.
No seu livro 100-Year Life (Vida de 100 Anos), em tradução livre, Lynda Gratton & Andrew Scott falam-nos das tendências que vão mudar o nosso futuro.
- As pessoas trabalharão até os 70 anos, porque além da necessidade de uma maior liquidez financeira, pelas despesas de uma vida mais extensa, o trabalho traz o sentimento de integração social, um dos pontos de extrema importância para que os idosos se sintam úteis e se mantenham activos.
- Existirão novos empregos e competências. Exercer novas funções e usar a criatividade não deve ser um privilégio exclusivo dos jovens. Com as mudanças no mercado de trabalho, muitos cargos deverão ser extintos, e pelo desejo de continuarem a trabalhar, os idosos também terão de reinventar-se.
- Ter uma situação financeira estável não será tudo Ao contrário do que acreditavam as gerações anteriores, um bom aforro financeiro não será sinónimo de uma velhice feliz. Identidade e propósito e um longo plano de vida serão essenciais para os “novos” idosos.
- A vida não será dividida em 3 estágios. A separação de infância, vida adulta e velhice será substituída por diferentes estágios de vida, que não serão ditados cronologicamente –as acções deverão ser tomadas de acordo com o momento mental de cada indivíduo. Não será incomum, por exemplo, um adulto voltar para a faculdade depois dos 50 anos, tendência que, actualmente, já começamos a observar.
- As transições passarão a ser mais corriqueiras O medo de mudanças é outra característica que se remeterá para o passado. Ao levarem as preferências da juventude para a terceira idade, os idosos das próximas gerações não terão tanto apego à estabilidade em diferentes áreas da vida.
- A recriação será mais importante do que a recreação Em vez de procurarem actividades para simplesmente ocupar a mente, no futuro, os idosos recriar-se-ão para continuarem a produzir e a contribuir para a sociedade.
- Ter opções será cada dia mais valioso Para a tal adaptação, citada previamente, diferentes competências e conhecimentos (mesmo aqueles que não tem nada a ver com a sua área profissional), aumentam o leque de oportunidades para o futuro.
- As relações familiares e de trabalho irão transformar-se. As ligações por vídeo com filhos e netos e até a saída de casa mais cedo serão normais nos próximos anos. No trabalho, a tendência é que pessoas de diferentes idades ajam em conjunto numa mesma equipe, juntando a experiência com ideias modernas.
- Aumentarão os ensaios, as descobertas. Os preconceitos deverão diminuir, e a tendência é que os tabus sejam quebrados, criando experiências mais independentes para idosos e até mudando o foco das relações monogâmicas.
- Seremos e pareceremos jovens por mais tempo. De acordo com a pesquisa levada a cabo pelo instituto brasileiro de investigação e estratégia LOCOMOTIVA, o maior medo de 25% dos adultos com mais de 50 anos é sentir-se feio. Felizmente, para o grupo que compartilha dessa opinião, os avanços tecnológicos e até mesmo a forma de consumo de alimentos e produtos deve contribuir para uma aparência mais jovem em comparação com os familiares de gerações passadas.
Mandy Martins-Pereira escreve de acordo com a antiga ortografia
Adaptação do texto de Giulia Granchi, para o Uol